domingo, 25 de agosto de 2013

Gotas

Pouco a pouco você surgiu e me viu.
Sem perceber, que entre nós,
Surgiria algo diferente e jamais imaginado.

Pouco a pouco você percebeu que
Aquele cara perguntador trazia algo,
Porém, você nunca sonharia que ele seria
a sua transformação.

Pouco a pouco você me viu brincar com você,
sem imaginar, que entre tantas brincadeiras,
te abracei e te beijei.

Pouco a pouco você percebeu que eu estava chegando,
e que quase não havia distância entre nós.

Pouco a pouco nos vimos buscando os mesmos
sentimentos, almejados a tempos e tempos.

Pouco a pouco a esperança de poder ter ver ser minha
aumentava a cada dia, a cada gesto seu.
Fervia uma igualdade compartilhada.
Brotava-se um novo momento.

Pouco a pouco, gota a gota, nossos espíritos
encheram-se do mais eterno sentimento: O AMOR.
E nos fizemos dois em um, deliciosamente nós.

Pouco a pouco tudo que parecia um sonho
transformou-se em realidade, na mais pura realidade.

Pouco a pouco escrevi estas palavras, como gotas de
orvalho caindo sobre nós,
pra te agradecer por poder te amar.
                                                           ETA


                                        Jaime de Lima Guimarães Júnior

Você

Eu te vejo passar como uma brisa selvagem
Como um facho de luz, candeando minha vida, o meu ser.
Agora vejo, que por ser o que é,
Te admiro, te beijo e te enrosco em meus braços.
Te beijo com um olhar
Te abraço só no pensar
Por isso, te faço versos mediante um respirar.

Tenho história, não posso contar.
Às vezes, te faço versos pra desabafar.

Caminhe pra mim como uma doida,
Pra eu te abraçar como um loucão.

Demais eu posso, mas eu... não devo,
Pegar em ti, depois de um beijo.

Separar-me de ti, eu não vou.
Pois a canção, que é vida,
Ainda não terminou.
Depois da morte, aí sim, que eu vou.
Cante comigo esta canção, para sermos um só coração.
Canção terrestre, que faz delirar
Do anoitecer ao amanhecer.
Sem parar e sem cessar
A não ser, quando o dia nos ver.
                                  
Mostre-me a vida, o amor, o presente.

Que nos faz imaginar o futuro.

Fato Consumado

É impossível, todos sabem,
descrever em poucas palavras
um sentimento que demore tanto tempo.
É impossível, você sabe,
chegar a transportar sobre um papel oito anos de
convivência.
É impossível, eu sei,
adiar um fato que já deveria ter sido consumado ontem.
É possível sempre, basta querer,
deixar que tudo que já aconteceu entre nós
possa ser consumado eternamente num – “Sim, eu aceito!”
Parece ser difícil,
mas é possível.
Existem certos caminhos a serem percorridos,
entretanto, estaremos juntos.
Difíceis ou perigosos poderão ser,
contudo, o que existe entre nós sobrevive a qualquer
obstáculo impostos pela vida.
Da necessidade de podermos resistir às falhas e desencontros
já causados,
o que vier não será nada além de uma mera coincidência com
os fatos do resto do mundo.
Parece ser pouco, mas nós, e só nós,
sabemos a resposta à devida pergunta:
- Sim, eu aceito!

                                                         Jaime Guimarães Júnior

Mulheres? Chamo-as de Maria.

“Maria, Maria é um dom,
é uma certa magia,
é uma força que nos alerta.
Uma mulher que merece
Viver e amar como outra qualquer do planeta...”

Assim começa essa música
essa poesia de Milton Nascimento.
Mostra-nos a Maria mulher,
mas uma Maria que não é só poesia ou música.
Mostra uma Maria que é força, é garra, é luta e é coragem.
Quantas e quantas Marias existem neste mundão afora?
Maria, mulher de Deus,
mulher fé, mulher religião.
Maria mulher do povo,
mulher da massa, do povão.
Maria de magias, encantos e alegrias.
Mas também, de luta, trabalho e transformação.
Mas, quem são elas realmente?
São Marias que geram o povo, a nação.
Marias prostitutas,
Marias lavadeiras,
Marias babás,
operárias,
costureiras,
drogadas e Marias mortas.
E tantas outras Marias que por aí existem...
E sem esquecer das Marias perseguidas pelo duplo
preconceito,
de serem mulher e negra.
Há até aquelas que têm como responsabilidade,
a sua vida,
a vida dos filhos,
e a vida do querido marido, com sua devida prioridade.
São Marias de várias vidas.
Por isso, faço-lhes uma pergunta:
Onde nós podemos encontra-las?
Eu mesmo vou responder:
Aqui, ali, acolá.
Basta querer vê-las.

Eu as amo, Marias.

Quem é ele?

Com seu jeito no altar.
Com seu modo de falar.
Parece um louco!
Aos olhos dos outros .
Com seu jeito de mostrar
E caminhar
Ele é um padre mudança.

                               Jaime Guimarães Júnior

Poemas 2

“Fazendo da vida
Propósitos superficiais
Ao pico dá a neve corrompida,
Porém, com a base amargurada.
Um dia, esta brancura fazedora
de mortes inadmissíveis, cairá.
Renascerá o propósito concreto de viver.
Sei que eu não viverei, porém,
o meu futuro viverá – retificando –
não só o meu futuro, o de todos
que assim o querem.
Acreditando em nós mesmos faremos
do sonho uma realidade
comum a todos para sempre.
Vindo de todos,
com todos,
por todos.

           Jaime Guimarães Júnior

Recife

Oh! Recife,
grande cidade que através dos tempos
está se escondendo atrás do novo.
Um novo que nasce doente, triste e agitado.
Infelicidade para o Recife,
que tem histórias bonitas,
de segredos inesquecíveis e momentos de bravura.
Que pena, Recife,

que pena!